A história de hoje é longa. É MUITO longa. Ela começa em… 10 de novembro de 1914.

Posted by Edna Marcadores:

Naquela época, não existia internet. Não existiam computadores. Ora, nem a porcaria de uma televisão existia ainda! Era só rádio e olhe lá…
Para os fãs de futebol, também não existia nem Copa do Mundo. Ainda faltavam uns dezesses anos para que fosse disputada a primeira competição.
Mas o tempo – por maior que seja – é algo relativo. Experimente ficar na cadeira de um dentista por meia hora e veja quanto tempo esses malditos trinta minutos irão demorar…


Eu já sabia!!!
E a justiça mais uma vez nos lembra que o tempo é algo relativo mesmo. Acha que noventa anos é muito tempo? Não para o inventário que protagoniza a história de hoje.
A decisão do juiz que mandou expedir o formal de partilha e enterrar o inventário de vez é bem ilustrativa e dispensa maiores comentários:

O início da nossa história...
Apenas para ter uma ideia do tempo que esse processo demorou, o juiz começa a narrar alguns acontecimentos históricos desde a abertura do inventário:

Era uma vez, há muito tempo atrás...
Essa história é ótima. Para os advogados e juízes de plantão, quando alguém reclamar que seus processos estão demorando, é só lembrar desse caso aqui.
Só não se esqueçam de contar qual a página que lhes deu essa desculpa história…

Já suspeitava desde o início...
Alguém deve estar curioso para saber como que um processo pode demorar tanto, não? Mais uma vez, o juiz esclarece o que aconteceu em sua decisão:

Agora é um processo ainda mais famoso...
Agora, uma informação aterradora. A decisão que fez esse relatório histórico todo é de 2007, mas o processo… AINDA NÃO TERMINOU!
Um dos últimos andamentos do processo, aliás, traz uma certidão cartorária óbvia e um tanto quanto… cínica. Não vou explicar mais nada, é melhor ler abaixo:

Elementar, meu caro Watson...
Como se isso não bastasse, já que o processo nem está tão atrasado assim:

Processos também têm direito a férias, ué...
A verdade é que a história de hoje não tem um fim. Algum dia esse processo irá terminar? Não sei… Enquanto isso, a justiça caminha anda de muletas:

Uma hora ela chega lá...